terça-feira, 18 de maio de 2010

OS TACHOS E O PEC

 

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Manuel Alegre, poeta aguedense, candidato à presidência da República vê publicada em Diário da República a atribuição da sua “pequena” reforma de perto de 4000 Euros, por ter sido funcionário da RDP durante alguns meses, desde o regresso do exílio até a Abril de 1975, quando tomou posse como deputado. Referiu para justificar que não trabalhou, mas sempre descontou …. Afinal qual a regra dos funcionários públicos que se aplica a este Poeta? Ele nem se lembraria da reforma se a CGA não lhe tivesse enviado uma carta. Será que esta pequena migalha é acumulável com as benesses e chorudas reformas dos políticos? Parece-me bem que sim …

Entretanto o Governo faz aprovar o seu PEC, Programa de Emagrecimento de muitos e Enriquecimento de alguns, pedindo a todos os portugueses que façam o seu sacrifício para vencer a crise. Perguntamos que sacrifícios se podem pedir aos milhões de portugueses que vivem no limiar da pobreza… Não se sacrificaram já o bastante? Que deixem de comer o essencial e morram para não dar despesa ao Serviço Nacional de Saúde?

Mas há aqueles que fazem “ouvidos de mercador” aos pedidos do Eng. Sócrates. Ganância desmedida, diz ele, em relação aos Administradores Públicos nomeados pelo Governo.

Mexia António, cujo nome tem a mesma raiz de mexilhão mas não o é, senão era diferente, Administrador da EDP, ignorou e gozou da recomendação de Sócrates e viu aprovado o seu obsceno prémio, que, somado aos vencimentos mensais de mais de 700 000 Euros (sim setecentos mil euros), dão mais de três milhões de euros. Estas verbas são resultado dum monopólio vergonhoso, duma empresa que tem milhões de lucros mensais à nossa custa, acabando, até, de aumentar o tarifário para 2010.

Senhor Sócrates, como é possível pedir sacrifícios aos aposentados e desempregados, com exemplos destes? O Governo não tem força para alterar este estado de coisas? Já reparou que este Mexia recebe vinte vezes mais que o Presidente da República?

O seu PEC protege os mais desgraçados?

Mas afinal os seus amigos administradores, nomeados na dança governamental de boys, entre os governos partidários não deixam dúvidas do seu fervor ganancioso, obsceno e miserável de brincar com o Zé. Até o seu apoiante de nome Granadeiro, Administrador da PT, se diz muito confortável por ter visto aprovados mais uns poucos de milhões para o seu bolso. PT, outra empresa em que o Estado tem interesses e nomeia administrador.

A propósito de PT, recordamos com tristeza outro exemplo da desfaçatez dos políticos que fazem carreira nas jotas e que, sem qualquer aptidão profissional, são nomeados para altos cargos.

Pedro Soares, oriundo da família de Mário Soares, depois de ter feito figura de urso como administrador da PT, que o levou à suspensão, foi premiado pelo seu desempenho com um prémio de mais de um milhão de euros. E esta hem?! … a crise é difícil …

Fico em crer que há uma entidade misteriosa que distribui os TACHOS e um governo que impõe o PEC.

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