domingo, 7 de março de 2010

Nem tudo que luz é oiro …

Nem tudo que luz é oiro …

Tive ocasião de visitar as obras que decorrem na Escola Secundária Marques de Castilho, ao abrigo do Plano de Investimento de Sócrates de combate à crise.

Sem dúvidas que a Marques fica  equipada com estruturas que a vão tornar numa Escola de referência: Biblioteca, Laboratórios, Gabinetes, Auditório, etc. … Parabéns à comunidade escolar.

clip_image002Tomei a posição de contestar a opção assumida pelo Gabinete projectista que, sem consultar a CMA, e praticamente sem visitar o local, delineou e traçou o que na altura ainda poderia ter outro destino, a ampliação da Escola Marques de Castilho.

Havia espaço para que não se fizesse o que considero um atentado; outras soluções seriam possíveis. Mas agora para que fique evidente o que eu lamentei e previ, ponho em oposição a Escola no ano passado e o seu actual estado (uma grande fachada de cimento). A Praça António Breda fica tapada e fechada para sempre e o ecossistema frondoso da Escola era naturalmente o prolongamento daquela Praça.

Olhem com atenção e vejam em que se transformou a Avenida Eugénio Ribeiro, uma rua tamponada, outrora projectada para rasgar a cidade até à EN1 … Lembram-se? Do lado poente a Praça do Município, aparecida estranhamente, cortou o acesso e agora, do lado nascente, o mais belo, aparece uma parede que a fechou . Que triste sina a desta Terra.

Sem dúvidas que a minha opinião não é única. Em conversas de ocasião,  chegam-me muitas apreciações, quer de membros da comunidade escolar, professores e alunos, quer de cidadãos que, como eu, se preocupam com a sua terra e gostariam  de a ver mais bela e funcional.. Se numa só palavra juntasse todas as apreciações apanhadas, essa era com certeza “mamarracho”.

Mas nada já pode ser alterado e há que desfrutar das boas condições tecno-didácticas, que agora vão ser oferecidas. No entanto, já sabemos que, sobre o que resta da Praça Dr. António Breda, esta será alvo de reformulação.

A CMA ainda não deu a conhecer o que pensa fazer, mas, como gato escaldado de água fria tem medo, venho por este meio alertar e solicitar a maior atenção e o máximo cuidado nas obras a executar.

Aos nossos ouvidos têm chegado algumas das ameaças que pairam sobre a maior parte das árvores, que têm sido há anos uma constante de beleza que encantam todos os que por lá passam ou que propositadamente lá vão para as recordar nas suas fotografias.

Espero que, numa época de revalorização ambiental, em detrimento do que nas outras vertentes sociais decorre, os responsáveis não  tomem opções irreversíveis e danosas.

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